TCC 2015

TCC 2015

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dica: Livre de Ansiedade, de Robert L. Leahy

Esta obra investiga as origens da ansiedade e ensina como levar uma vida menos estressante. Utilizando os métodos propostos pelo autor, baseados nos melhores tratamentos psicológicos disponíveis, podemos conquistar uma vida livre de apreensão, tensão e evitação relacionadas à ansiedade.
Sumário:
Capítulo 1. Entendendo a ansiedade
Capítulo 2. A ansiedade como adaptação
Capítulo 3. O “livro” de regras da ansiedade
Capítulo 4. “Isso é perigoso!”: Fobia específica
Capítulo 5. “Estou perdendo o controle”: Transtorno de pânico e agorafobia
Capítulo 6. “Nunca é o suficiente”: Transtorno obsessivo compulsivo
Capítulo 7. “Sim, mas e se?”: Transtorno de ansiedade generalizada
Capítulo 8. “Estão tão envergonhado!”: Transtorno de ansiedade social
Capítulo 9. “Está acontecendo de novo”: Transtorno de estresse pós traumático
Capítulo 10. Considerações finais


Apêndice A: Relaxamento muscular progressivo
Apêndice B: Insônia
Apêndice C: Dieta e exercícios
Apêndice D: Medicamentos
Apêndice E: Mindfulness
Apêndice F: Depressão e suicídio
Apêndice G: Testes diagnósticos
Apêndice H: Como identificar seu pensamento de ansiedade
Apêndice I: Use sua inteligência emocional
Apêndice J: Como lidar com seus pensamentos de ansiedade

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Qual a análise cognitiva deste paciente www?


Não faço as coisas direito, não sou competente e as pessoas são exigentes, agressivas e não gostam de mim, sou um fraco que não sabe nem se defender. Tenho a impressão que cada vez que identificam um erro em mim vão me levar para um tribunal de inquisição.

Eu faço de tudo para não enfrentar o tribunal. Eu devo fazer de tudo para não enfrentar o tribunal.

A nenos que eu me esquive de ir enfrentar o tribunal de inquisição vou me dar mal e não suportarei. Serei machucado.

Vou me submeter, aceitar o castigo que sentenciarem para eu não ter perdas piores.

Erro cognitivo:
Maximização do negativo (ameaças): Estou num tribunal de inquisição.
Minimização do positivo (recursos): Sou o réu, serei castigado sofrerei. Não tenho poder para me defender, não tenho como me defender, não sei como me defender, não é certo se defender, é pior se defender, não vou suportar a punição.

Não suporto viver assim sempre injustiçado, preciso fazer alguma coisa sem que as pessoas que me fazem sofrer saibam e piorem a minha punição.

Sabendo que depois terei ter outros ganhos fico melhor e consigo me submeter à vontade do outro sem sofrer tanto.

Posso não ter a estima de quem eu gostaria, mas não significa que não posso receber de outra pessoa, sem que a primeira saiba e queira me machucar mais.

As vezes penso que não estou sendo justo traindo-a, mas ela merece. Quem com ferro fere com ferro será ferido!

Só não entendo porque estou ficando cada vez mais triste, ansioso e sem esperança.
As vezes penso que nasci para sofrer, nada dá certo para mim, sempre fui essa pessoa inútil e fiz o que os quiseram. Será que um dia vou fazer o que eu quero? Mas e se der errado? E se eu não fizer?

Não sei porque, mas estou lembrando de quando minha mãe, que me admirava, muitas vezes me consolava escondido de meu pai quando ele ficava muito bravo e agressivo comigo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cognições que podem levar a um término precoce de um relacionamento:

A vida é perfeita quando você é perfeito e encontra alguém perfeito.
É possível ter um relacionamento perfeito, sei disso porque me conheço e sei que sempre faço o melhor, custe o que custar. Eu sou especial e mereço alguém especial, que me compreenda só de me olhar; que sabe o que preciso só pelo tom de minha vóz, que adivinha meus pensamentos e me faz 100% feliz. Do mesmo jeito que espero tudo isto eu dou tudo isto, basta a pessoa se esforçar para me compreender e vai ver que está recebendo o certo, o melhor para ela. Eu sei o que ela precisa e espero que ela sempre acerte e atenda as minhas necessidades. Não tem sentido viver com uma pessoa que não seja tão especial quanto eu. Menos que isto não é nada!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cognições que podem levar a pessoa a permanecer num relacionamento abusivo e insatisfatório.

Caros colegas terapeutas cognitivos,
Abaixo, encontra-se um grupo de cognições que podem influenciar a motivação necessária para permanecer num relacionamento afetivo abusivo e/ou insatisfatório. Para fazer esta reunião de idéias, tive como base o livro "Superando a resistência em Terapia Cognitiva" (autor: Robert L. Leahy; Editora LMP - páginas 2 a 6) e, também, minhas experiências de atendimento clínico.

Ter uma noção clara a respeito da conceituação que move o paciente é essencial para que possamos ajudá-lo a identificar tal idéia, a avaliar o quanto ela é realista, ou a pesar as vantagens e desvantagens de acreditar nela, tudo com o intuito de promover e reforçar a flexibilidade cognitiva necessária para auxiliá-lo a alcançar suas metas nesta área e promover a reestruturação cognitiva.

Vamos a elas:

Se você percebe que ele não gosta de você, porque é tão difícil deixá-lo?

Difícil é responder isso. Mas vamos a algumas possibilidades:
1) porque você pensa que viver sem ele será insuportável e que não conseguirá dar conta disso
2) porque você pensa que sem ele não conseguirá concretizar nada
3) porque você acha que, se não for com ele, ficará sozinha para o resto da vida (ninguém mais vai querer ficar com você)
4) porque você pensa que todo homem é igual (e que vai te tratar dessa forma sem respeito) e, portanto, trocar seis por meia dúzia não faz diferença
5) porque tem esperança de que ele vai mudar e, um dia, passar a te tratar do jeito que você merece
6) porque pensa que deixar esse relacionamento será visto como uma evidência de que você não consegue levar as coisas adiante (e isso é muito ruim pra você)
7) porque já gastou energia, tempo e dinheiro demais nesse relacionamento e, afinal, seria um gasto inútil se desistisse agora

Um abraço a todos e muito sucesso em 2011

Ana C. D. Kley.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Aplicação da Terapia Cognitiva na depressão: análise de caso clínico


* Ana Carolina Diethelm Kley

Introdução

O objetivo do tratamento em Terapia Cognitiva no caso dos transtornos afetivos, grupo que engloba a depressão, é desenvolver dois pilares, a reestruturação cognitiva e a resolução de problemas, processo que será visualizado nesta monografia.

Podemos conceber a reestruturação cognitiva como a retomada da flexibilidade cognitiva obtida através da substituição de esquemas disfuncionais por outros mais funcionais. A parte de resolução de problemas, por sua vez, consiste no desenvolvimento da habilidade de lidar de forma prática com as dificuldades e desafios do cotidiano, definindo o problema atual, a meta a ser atingida, bem como estipulando, escolhendo e testando estratégias que serão avaliadas e, caso se mostrem insuficientes para alcançar o objetivo definido, revistas e modificadas para que o façam.

A paciente M.J., personagem principal desta monografia, foi escolhida por apresentar um diagnóstico inicial de depressão moderada acompanhada de sintomas ansiosos, o que possibilitava a aplicação da Terapia Cognitiva padrão e, por conseguinte, melhor aprendizado da estrutura básica deste tipo de processo terapêutico.

M.J. era uma mulher de 27 anos, branca, classe média, solteira, filha mais velha de pais divorciados após muitos conflitos, que morava com a mãe e a avó materna, e tinha uma irmã de 24 anos. Seu pai era vivo e morava com sua madrasta e enteados. Era formada em administração hospitalar e fazia um curso de especialização em RH na saúde. Antes dessa faculdade, já havia feito outras sem as concluir. Naquele momento, estava trabalhando. Namorava há sete anos e dizia não ter problemas com seu namorado.

Como queixas principais, havia desesperança, frustração profissional e necessidade de se cuidar mais, gostar mais de si e se sentir mais útil no trabalho. Queria emagrecer, apesar de não ter muita esperança de conseguir (a paciente estava visivelmente acima do peso, beirando a obesidade).

Como dados históricos importantes, havia o fato de M.J. ter vivenciado a separação muito complicada dos pais, ter sofrido abuso sexual quando tinha oito anos e ter sido obesa desde então, tentando emagrecer muitas vezes sem sucesso permanente. M.J. já tinha tido outro episódio de depressão aos 15 anos, quando chegou a repetir duas vezes no colégio.


Material e métodos

O método e os materiais utilizados tanto na condução do caso quanto no desenvolvimento desta monografia se basearam nos princípios da Terapia Cognitiva descritos a seguir:

1. “A Terapia Cognitiva se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos.”
2. “A Terapia Cognitiva requer uma aliança terapêutica segura”
3. “A Terapia Cognitiva enfatiza colaboração e participação ativa”
4. “A Terapia Cognitiva é orientada em meta e focalizada em problemas”
5. “A Terapia Cognitiva inicialmente enfatiza o presente”
6. “A Terapia Cognitiva é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza prevenção de recaídas”.
7. “A Terapia Cognitiva visa ter um tempo limitado”
8. “As sessões de Terapia Cognitiva são estruturadas.”
9. “A Terapia Cognitiva ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos”
10. “A Terapia Cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar
pensamento, humor e comportamento”.

A Terapia Cognitiva utiliza tanto técnicas de cunho cognitivo, como a identificação e desafio de PAN’s, quanto técnicas comportamentais e de gestalt. O diferencial, neste caso, é o objetivo: todas são utilizadas com o intuito de modificar pensamentos e crenças.

Exemplos de outros materiais utilizados no tratamento e que serviram como referência para esta obra foram:
- lista de Problemas e Metas
- identificação e desafio de pans
- quadro de atividades para planejamento de ações
- atualizações
- inventário de vantagens e desvantagens
- cartão de enfrentamento
- relatório de crença central
- teste histórico
- quadro de atividades adaptado para alimentação
- pensar em como funciona uma escada a fim de dar uma idéia de processo (nossas
metas são atingidas através de passos que se somam e se sucedem até chegar ao
ponto final)
- biblioterapia
- reestruturação das evidências a favor da crença disfuncional

As intervenções no processo clínico são baseadas no questionamento socrático e visam tanto o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades, quanto a flexibilidade cognitiva . Servem como auxiliares na execução do planejamento de intervenção idealizado pela terapeuta.

Além disso, em todas as sessões eram aplicados os inventários de Beck (Beck depression inventory, Beck hopelessness scale e Beck Anxiety Inventory) cujos resultados serviam como referência do progresso terapêutico.






Resultados

M.J. apresentou ideação suicida, ligada principalmente ao nível alto de desesperança (“as coisas não vão mudar”) e a um autoconceito ruim .

Podemos ressaltar, ainda, pensamentos negativos em três níveis:
- em relação ao self: “não consigo chegar onde quero”, “sou uma fracassada na área profissional”, “sou uma idiota”, “sou uma fracasso porque não consigo nem pagar minhas dívidas”, “não sou capaz de mudar”, “nada do que faço dá resultado”
- em relação ao mundo/ outros: “minha chefe sempre quer colocar a culpa em mim”, “meus pais não gostam de mim”
- em relação ao futuro: “a terapia não vai dar certo”, “nada vai mudar”, “eu não vou conseguir fazer o TCC”, “se mesmo com uma indicação não fui chamada para o trabalho, não serei nunca”

Sobre as crenças que M.J. apresentou, podemos identificar quatro idéias disfuncionais que se mostraram atuantes neste episódio depressivo, são elas:
- “sou um fracasso” (crença de incapacidade)
- “as pessoas não gostam de mim” (crença de não-estima)
- “sou a escória da humanidade” (crença de inadequação)
- “o pior vai acontecer e não saberei lidar com isso” (crença de vulnerabilidade)

Apesar destas crenças disfuncionais, com o decorrer do tratamento, o nível de depressão de M.J. começou a baixar, apresentando altos e baixos. Todavia, os escores da paciente, obtidos através dos inventários de Beck, se mostraram cada vez mais baixos se comparados àqueles apresentados no começo do tratamento, mesmo quando a paciente passou por situações emocionalmente perturbadoras . Já no final, os escores zeraram por várias sessões consecutivas ou apresentaram números muito baixos, indicando que o humor já havia se estabilizado, o que também podia ser visto como um reflexo da retomada da flexibilidade cognitiva, bem como do desenvolvimento da habilidade de resolução de problemas e, portanto, remissão do quadro depressivo.

No final do trabalho terapêutico, M.J. apresentava crenças mais funcionais em relação às quatro áreas citadas acima:
- crença de capacidade:
“o fato de não saber tudo de todas as coisas não significa que sou um fracasso e sim
que sou humana. Sou uma pessoa genuinamente capaz”
- crença de estima:
“as pessoas se preocupam comigo, se mobilizam por mim mas têm vida própria e nem sempre podem fazer as minhas vontades. Algumas pessoas podem até não gostar de mim mais isso não quer dizer que todas não gostam (eu também não gosto de todo mundo)”
- crença de adequação:
“ não sou a escória da humanidade; sou boa, batalhadora, feliz, vaidosa, digna, solidária, humana e capaz”
- crença funcional de vulnerabilidade:
“em muitos momentos o pior pode não acontecer e, quando acontecer, conseguirei lidar com ele de uma boa forma”.


Conclusão

O processo clínico de M.J. foi bem sucedido uma vez que a paciente apresentou sinais de flexibilidade cognitiva mesmo em relação a idéias bastante rígidas inicialmente como a de incapacidade, de vulnerabilidade e não-estima. Além disso, pôde-se perceber que tanto o autoconceito quanto a noção de auto-eficácia de M.J. foram fortalecidas substancialmente durante a psicoterapia. Outra evidência importante do sucesso da terapia foi o fato de M.J. ter solucionado praticamente todas as metas da lista de problemas e metas inicialmente desenhada.

A única meta que não foi plenamente concluída durante o tratamento foi a de emagrecer. Isso ocorreu por uma série de fatores, entre eles, a dificuldade que a terapeuta teve em lidar com a esquiva da paciente e o surgimento de metas mais prioritárias como casar. Embora tenha ocorrido certa lentidão na conclusão desta meta, os obstáculos foram identificados e encaminhados, uma vez que questões importantes vieram à tona e foram trabalhadas (como a questão do abuso e os pensamentos permissivos) e M.J. passou a identificar e lidar melhor com suas permissões, a anotar o que comia e a praticar os exercícios físicos.

Um dos fatores que dificultaram o processo clínico foi o grande número de faltas da paciente no começo do tratamento bem como sua resistência em fazer os desafios cognitivos em sessão,. Além disso, a dificuldade da terapeuta em lidar com a esquiva de M.J. em fazer as tarefas de casa (principalmente relacionadas à questão alimentar) e também em intervir no que se referia às “atualizações dela”, acabaram por atrasar um pouco o progresso terapêutico, sem impedí-lo. Um fator que facilitou bastante o processo foi a generalização dos ganhos oriundos do trabalho terapêutico: no decorrer do processo, a paciente começou a utilizar as técnicas e intervenções feitas durante as sessões, o que a ajudou em alguns assuntos que não precisaram nem ser vistos em sessão.

O casamento de M.J. também acabou por facilitar a terapia já que foi uma oportunidade de identificar e desafiar idéias centrais como a de não-estima e de vulnerabilidade, bem como reforçar a crença de capacidade e a habilidade de resolução da paciente.

Ana Carolina Diethelm Kley
Psicóloga
Especialista em Terapia Cognitiva

São Paulo – SP
Avenida Angélica, 672 – conjunto 61
Fone: (11) 3662.4742
Blog: www.anacarolinakley.com.br
E-mail: anacdkley@hotmail.com

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PERFECCIONISMO

Colegas, uma reflexão:

Arnaldo , colocou uma pergunta no facebook, sobre perfeccionismo...

Que tal falarmos um pouco aqui, sobre esta questão,do ponto de vista da TC? Vejo como UMA ESTRATÉGIA utilizada pra lidar com esquemas de vulnerabilidade. Por exemplo: Vou ao 100 ou ao 80 (perfeccionismo)....pois senão me sinto um Zero, um nada... Aliás, esta "característica" ou "estratégia", PERCEBO presente em muitos dos transtornos emocionias que tenho atendido.

A Perfeição é cobrada, imposta pela mídia: ser o melhor! SEJA O MELHOR! O MAIS BONITO, O MAIS RÁPIDO, O MAIS JOVEM....

Como lidar com isso? Como lidaremos com o paciente inserido neste mundo de pressão da PERFEIÇÃO? (principalmente, os que já tem crenças distorcidas e pan's ligados a esta questão).
Abraços
Adriana Roveroni
Jaú
www.adrianaroveronipsicologiajau.blogspot.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

27.08 - DIA DO PSICÓLOGO (A)

PARABÉNS PSICÓLOGOS(AS)
Parabéns a todos os colegas de profissão. Profissão que exercemos com o corpo e a alma. Com o coração, exercendo a empatia a cada instante... E para nós que, trabalhamos com TC, utilizamos o caminho das cognições, dos pensamentos e crenças distorcidos que causam sofrimento. Mas , qq que seja a "linha de atuação" : NOSSO OBJETIVO É PROMOVER O BEM ESTAR DO OUTRO. E como é recompensador, quando vemos resultados, desde os pequenos até os maiores, dos mais simples aos mais complexos...

Um grande beijo a todos

PARABÉNS COLEGAS!!!

TEMOS MUITO A COMEMORAR E MUITO A CONQUISTAR AINDA...

Adriana Roveroni

quinta-feira, 27 de maio de 2010

III Curso de Atualização em Psicopatologia para Equipes de Saúde Mental

Objetivos: Familiarizar todos os profissionais de Saúde Mental com os termos e vocábulos adequadamente correspondentes aos sintomas e síndromes psíquicas, facilitando a integração dos profissionais nas discussões das equipes multiprofissionais.

Datas: 02 e 03 de julho de 2010 (sexta e sábado)

Sexta dia 2: das 19 às 22 horas.
Sábado dia 3: das 9 às 12:40 horas e das 14 às 19 horas.

Realização: AMBULIM – Programa de Transtornos Alimentares – Instituto de Psiquiatria – HC - FMUSP

Curso indicado por Augusto Barretto, Psiquiatra e Terapeuta Cognitivo.
Saiba mais clicando aqui.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dica de livro: O Monge e o Filósofo – Jean François Revel e Matthieu Ricard


Colaboração: Augusto V. Barretto, Psiquiatra e Terapeuta Cognitivo.
” Com muita frequência, a fascinação pelo “novo”, pelo “diferente”, reflete uma pobreza interior. Incapazes de encontrar a felicidade em nós mesmos, nós a procuramos desesperadamente do lado de fora, em objetos, experiências, maneiras de pensar ou de se comportar cada vez mais estrenhas. Em suma, afastamo-nos da felididade procurando-a onde ela não está.”
“Em vez de aprender a não ter necessidades, nós as multiplicamos.”
” O sofrimento resulta da ignorância. Portanto é a ignorância que preciso dissipar. E a ignorância, em essência, é o apego ao “eu” e à solidez dos fenômenos. Aliviar os sofrimentos imediatos de outrem é um dever, mas não basta: é preciso remediar as causas do próprio sofrimento.”
“Pode-se deter um conflito, uma guerra, mas outros sobreviverão, a menos que o espírito das pessoas se modifique.”
“O Poder, as posses, os prazeres dos sentidos, a fama – podem proporcionar satisfações momentâneas, mas nunca são fontes de satisfação permanente e, cedo ou tarde, se transformam em descontentamento.
” Em uma primeira análise, o budismo conclui que o sofrimento nasce do desejo, do apego, do ódio, do orgulho, da inveja, da falta de discernimento e de todos os fatores mentais que são chamados negativos ou obscurecedores, porque transtornam o espírito e o mergulham num estado de confusão e insegurança.”
” Segundo o budismo, três critérios permitem considerar como válida uma afirmação: a verificação pela experiência direta, a dedução irrefutável, e o testemunho digno de confiança.”
” A fé se torna superstição quando se distancia da razão, ou mais ainda, quando ela se opõe. Mas quando está associada a razão, impede-a de ser um simples jogo intelectual”
” Se define a fé como uma convicção nascida da experência.”
” Como só se pode transformar o mundo transformando a si mesmo, pouco importa ter sempre mais. Um praticante Budista pensa: “Quem sabe contentar-se com o que tem possui um tesouro em suas mãos”. A insatisfação nasce do hábito de considerar necessárias coisas supérfluas. Essa consideração não se aplica somente às riquezas, mas também ao conforto, aos prazeres e ao saber inútil. A única coisa com a qual nunca se deve estar saciado é com o conhecimento; e o único esforço que nunca se deve julgar suficiente é aquele que se faz pelo progresso espiritual e pela realização do bem de outrem.”
” A busca da sabedoria, da paz interior, frutos de uma visão que evocamos muitas vezes nestas conversas, e que consiste exatamente em desligar-se das paixões e ambições superficiais e em reservar a energia para ambições mais elevadas, de ordem intelectual, espiritual, estética, filosófica ou moral, de maneira a tornar as relações com outrem e o funcionamento da vida em comum tão humanas quanto possível.”
” Já dizia Epicuro que cada necessidade satisfeita cria novas necessidades e multiplica o sentimento de frustração.”
‘Enfim, a história do século XX foi a história do desabamento total das utopias sociais. Simplesmente, viu-se que isso não funcionava…. Mas para além desses tristes detalhes, ninguém duvida da idéia de se poder reconstruir inteiramente uma sociedade para torná-la perfeita foi desqualificade e afogada em sannnnngue pela história do século XX. Então o que resta? A volta à sabedoria, segundo as boas e velhas receitas. Isso explica o atual sucesso dos livros de certos jovens filósofos, os quais, retornando muito modestamente a preceitos de sabedoria prática, conheceram uma audiência considerável, ao passo que esses mesmos livros teriam provocado risadas 40 anos atrás.”
” A sabedoria não repousa sobre nenhuma certeza científica, e a certeza científica não leva a nenhuma sabedoria. No entanto, uma e outra existem, para sempre indispensáveis, para sempre separadas, para sempre complementares.”

UM CAMINHO PARA A FELICIDADE




Por Oriana Faé Grangel, Terapeuta Cognitiva, Esp. TC.

De acordo com as contribuições da Psicologia Positiva, que enfoca a saúde mental e não a psicopatologia, é necessário diferenciar felicidade momentânea de “nível duradouro de felicidade”.

A felicidade momentânea pode ser facilmente conquistada através de uma série de artifícios, como chocolate, um bom filme ou uma roupa nova. Já o “nível duradouro de felicidade” representa um estado geral de satisfação com a vida.

Pesquisas revelam a alta incidência de depressão nos últimos 50 anos. Hoje a doença é mais frequente e inicia mais cedo, comparando-se as taxas até 1960. Paradoxalmente, os indicadores objetivos de bem-estar aumentaram, como poder de compra e nível de instrução. Como isso se explica?

Constata-se, atualmente, a busca excessiva de prazeres imediatos - hedonismo, em termos filosóficos - como se fossem “atalhos” para a felicidade através de prazeres fáceis: televisão, internet, compras, drogas, entre outros, característica marcante da sociedade contemporânea.

Essa busca excessiva da felicidade momentânea não exige o uso de forças pessoais, que são capacidades pré-existentes, e nem apresenta desafios, aspecto esse visível, por exemplo, no fato de optar por assistir à televisão em vez de ler um bom livro à noite. Na primeira opção, o prazer é imediato. E na segunda opção, os ganhos são maiores e mais perenes.

Entretanto, o hábito de escolher atividades com foco apenas no prazer imediato em detrimento de atividades que gostamos de fazer predispõe a depressão. O ser humano se adapta rapidamente aos prazeres, buscando logo algo ainda melhor para se sentir novamente “feliz".

Uma característica do deprimido é que seu foco está em si mesmo. Quando percebe um sinal de tristeza, “rumina” o sentimento, projetando para o futuro e ampliando para todas as atividades, desencadeando, consequentemente, mais tristeza.

Os prazeres estão ligados às sensações físicas e às emoções. Já as gratificações são atividades as quais se gosta de fazer e estão relacionadas à representação de forças e virtudes pessoais. Além disso, quando se engaja em uma determinada atividade e que esteja em harmonia com um propósito maior, um significado, o indivíduo se absorve completamente em um estado em que o tempo parece parar, como nas seguintes práticas: dançar, ler, conversar e fazer trabalho voluntário.

Ademais, as gratificações diminuem a preocupação consigo mesmo, porque vão muito além e geram bem-estar, prevenindo a depressão.

Finalmente, o equilíbrio entre prazer (responsável) e gratificação aumenta o “nível de satisfação com a vida”. A escolha por situações que fazem a vida valer a pena é um caminho para a felicidade.

terça-feira, 11 de maio de 2010

CURSO HIPNOTERAPIA - TC - ITC

URGENTE - O curso é dia 28.05. Nem sei se há mais vagas para inscrições.

Conforme postado pelo Arnaldo, teremos este curso imperdível e gostaria de saber se alguém se inscreveu e se algum movimento surgiu pra locar Van ou estadia por lá...
Por favor, aguardo retorno de vocês, companheiros de TC.
aroveroni@hotmail.com
Adriana Roveroni - Psicóloga - Terapeuta Cognitiva - Jaú
fones 14.3621.8628 - 9709.8912

abraços

terça-feira, 4 de maio de 2010



Baseado no livro de Susanna Kaysen. Uma história verdadeira, passada no final dos anos 60, sobre uma jovem que tem conflitos existenciais e é internada em um hospital psiquiátrico. Susana (Winona Ryder) rebela-se contra a enfermeira-chefe e a própria psiquiatra, preferindo se aliar a um grupo de mulheres problemáticas, como a sociopata Lisa (Angelina Jolie, premiada com Oscar e Globo de Ouro de Atriz Coadjuvante).
O filme é um verdadeiro "Compêndio de Psiquiatria e de Transtornos Emocionais" com suas cognições associadas. Muito rico em psicopatologia geral e para a análise do ponto de vista cognitivo.
Anorexia nervosa, depressão, suicídio e transtornos da personalidade borderline e anti-social (sociopatia) são alguns dos transtornos apresentados pelos personagens do filme, sendo que a convivência entre os personagens se passa numa enfermaria feminina de um hospital psiquiátrico.

Clique aqui e veja mais no you tube.

Contribuição do nosso editor Augusto Volpi Barretto.
Contato: augustopsiquiatria@hotmail.com

Hora de aprimoramento!

Curso de Hipnoterapia Cognitiva
Apresentador: Dr. Thomas Dowd

A Hipnoterapia Cognitiva reflete uma tentativa de utilizar métodos e modelos da hipnose e da hipnoterapia para modificar conteúdo cognitivo, processos cognitivos e estruturas cognitivas que estão envolvidos no quadros de dificuldades psicológicas. Conteúdo cognitivo refere-se ao conteúdo específico das auto-afirmações ou pressuposições automáticas feitas por pacientes. Processos cognitivos referem-se a distorções de processamento identificadas por Beck e colaboradores (por exemplo, os erros cognitivos típicos de catastrofização, supergeneralização, pensamento dicotômico, personalização, etc.). E estruturas cognitivas referem-se a esquemas mal-adaptativos formados ao longo do desenvolvimento e que fundamentam as cognições tácitas de pacientes. Serão descritos vários modelos teóricos existentes na área da hipnoterapia, modelos cognitivo-comportamentais e modelos de outras abordagens psicoterápicas

• Objetivo do Curso: os participantes aprenderão: (1) Como induzir a hipnose. (2) Fundamentos da criação de rotinas hipnóticas. (3) A diferença entre indução hipnótica direta e indireta e rotinas hipnóticas. (4) A diferença entre o tratamento hipnótico de conteúdo cognitivo, processos cognitivos e estruturas cognitivas. (5) A construir suas próprias rotinas hipnóticas. (6) Participarão de demonstrações apresentadas pelo Instrutor

• Curso destinado a: terapeutas cognitivos e profissionais acadêmicos e clínicos, estudantes, residentes, interessados na área da Terapia Cognitiva e/ou em hipnoterapia, em seus vários modelos teóricos e aplicados. Profissionais hipnoterapeutas, praticantes de outros modelos de hipnose, se beneficiarão de muitas formas dessa valiosa experiência de aprendizagem

• Data: 28 e 29 de maio, das 9:00 às 12:00 e das 13:30 às 17:30h

• Inscrição: R$ 550,00 à vista ou 4 parcelas de R$150,00. Descontos para grupos e para Alunos e Ex-Alunos do ITC; consulte-nos. Vagas limitadas.

Introdução: História da hipnose; teorias de hipnose. Modelos de hipnose: Ericksoniano, Cognitivo-Comportamental, Cognitivo-Desenvolvimental. Mitos e níveis de hipnose.
Hipnose clínica: indicações e contra-indicações. Escalas de susceptibilidade à hipnose. Indução à hipnose; técnicas de indução.
Hipnoterapia Cognitiva: a hipnose na terapia cognitiva; estados mentais; processos cognitivos. Estruturas cognitivas: perfis esquemáticos. Evidências de pesquisa para a incorporação da hipnose à terapia cognitivo-comportamental. Exemplos clínicos e role-plays.

Conceitos da Psicologia Cognitiva aplicados à Hipnoterapia: o registro de processos mnemônicos; atributos da aprendizagem implícita; reconstrução de memórias; potencializando o otimismo; potencializando o comportamento direcionado a metas. Exemplos ilustrativos e role-plays.

SOBRE O PALESTRANTE:



Dr. Thomas Dowd - PhD em Psicologia, afiliado ao ABPP-American Board of Professional Psychologists, Professor Emérito e Ex-Diretor do Departamento de Psicologia da Kent State University nos EUA, Professor do Postdoctoral International Institute for Advanced Studies of Psychotherapy and Applied Mental Health da Babes-Bolayi University da România, Vice Presidente do American Board of Cognitive and Behavioral Psychology, Presidente da American Academy of Cognitive and Behavioral Psychology, Editor Internacional do Journal of Cognitive Psychotherapy, Ex-Presidente de várias organizações, inclusive da IACP – International Association for Cognitive Psychotherapy. Autor de inúmeras publicações, traduzidas para vários idiomas, inclusive autor da obra “Cognitive Hypnotherapy”, única obra mundial da área. O Dr. Dowd já se apresentou no Brasil em 2008, em outro evento de sucesso organizado pelo ITC – Instituto de Terapia Cognitiva.

LOCAL DOS CURSOS:

ITC – Instituto de Terapia Cognitiva
Av. Fagundes Filho, 145 - Ed. Austin - Auditório Andar Térreo.
CEP: 04304-010 - São Paulo, SP (Estação São Judas do Metrô)

INFORMAÇÕES e INSCRIÇÕES:

• Site: http://www.itcbr.com/cursos_hipnoterapia.shtml
• E-mails: contato@itcbr.com, atendimento@itcbr.com ou coordenacao@itcbr.com
• Telefone: (11) 4083.2555

O SOS Terapeutas Cognitivos está montando um grupo para este ótimo curso oferecido pelo ITC, junte-se a nós, fale com a Vânia pel0 (14) 3227 1473.

Interface entre pensamento obsessivo e delírio

Uma proposta para a diferenciação entre
obsessão, compulsão e delírio
Nos estudos atuais de psicopatologia, não
encontramos referência clara que possa facilitar a
distinção entre essas duas categorias, o que implicaria
em conduta terapêutica diferenciada.
Segundo Jaspers, um delirante nunca poderia
admitir-se como doente. O critério de insight (Jaspers),
ou seja, o paciente ter ciência de sua perturbação –
perceber que o pensamento é dele – aponta-nos para a
psicastenia (TOC) na atualização proposta por
Sonenreich.

Ainda segundo esse autor, o critério da perda de
comunicação lógica nos dirige para o delírio. Estar com
os outros é uma construção baseada em experiências de
sucesso e de fracasso; o discurso, com a maturidade
psíquica, aprimora-se, amplia-se em possibilidades e
capacidade de abstração e reconhecimento. No delirante,
isso se perde de maneira absoluta.

O critério descritivo, de soma de sintomas, não
elimina a discussão. Não nos ajuda também a separação
em categorias diagnósticas proposta pelos manuais e
códigos que colocam o delírio entre os transtornos
cognitivos e o TOC como transtorno de ansiedade.
Estudos recentes, citados acima, assinalam as
dificuldades em caracterizar as diferenças na cognição
do delirante e do paciente com TOC. Conforme
apontamos anteriormente, os critérios do DSM-IV, CID-
10 e algumas das escalas mais utilizadas para a pesquisa
de delírio ou da obsessão/compulsão, que têm como
referência o sintoma, nos proporcionaram sobreposição
de idéias, confusão diagnóstica. O mesmo paciente
poderia ser considerado delirante ou obsessivocompulsivo.
A escala Yale-Brown – a mais usada – nos parece
imprecisa, pois confunde obsessão e fobia. Na escala
de avaliação dos sintomas obsessivos, o medo ocupa o
primeiro lugar: medo de se ferir, de ferir outros, de dizer
obscenidades, de roubar, de executar impulsos, o que
nos parece a principal questão do quadro.

Mesmo sem a intenção de dirigir para um diagnóstico, não há
separação precisa entre esses sintomas.
Optamos, assim, por uma reflexão sobre a maneira
de o paciente estar conosco. O que nomeamos ruptura
da comunicação lógica seria um modo de viver que
abole o outro e a lógica básica da comunicação; não há
argumentação ou vontade de convencer. O paciente R.
(caso 1) isola-se de forma autista, ou, melhor ainda,
solipsista, só conseguindo falar dos temas delirantes,
sem nenhuma preocupação com qualquer prova de
realidade e compartilhamento. A ruptura com o outro, a
falha em considerar uma segunda possibilidade, o
discurso cheio de jargões, lugares-comuns e a
incapacidade de reconhecer em si o fracasso tornam as
diferenças entre a psicopatologia obsessivo-compulsiva
e o delírio mais claras.

Não duvidamos que haja angústia, mas esta se
restringe ao tema do delírio sem questionamento algum.
Já o segundo caso nos lembra de Ey20, que descrevia os
obsessivos como tendo “a angústia como lei de sua
existência”. Incapaz de livrar-se das idéias e compulsões,
que entendemos associadas às fobias, exaure sua
existência numa luta contínua e inesgotável, resultando
em inexorável enfraquecimento e esgotamento, portanto
psicastenia. Esta poderia inclusive ser mais uma
diferença: o fato de o delirante preservar a energia
psíquica que nos obsessivos esvai-se com facilidade.
Se for possível pensar numa fórmula para a existência
do obsessivo, esta seria: não consigo controlar minhas
idéias e minhas condutas, resultando disso uma
insuportável angústia. O apuro psicopatológico nos
obriga a ir além do conceito de comorbidade, que pode
facilitar o diagnóstico por sintomas, mas não inspira
reflexões mais profundas.

Conclusões
Sendo este um trabalho de debate em
psicopatologia, nossos resultados visaram ao
esclarecimento do estado da arte dos conceitos de
delírio e pensamento obsessivo. No delírio,
predominaria a impossibilidade de reconhecimento do
fracasso com a perda da comunicação lógica
. A
característica principal do obsessivo seria a
impossibilidade de controle das idéias e condutas,
resultando em angústia. A apreciação de sua aplicação
no diagnóstico psiquiátrico poderá iluminar as
indagações mais comuns relativas ao diagnóstico
diferencial, apontando para novas propostas e,
conseqüentemente, condutas mais efetivas.

Andres Santos Jr.1, Débora Pastore Bassitt2
1 Psiquiatra. Encarregado do Ambulatório de Psiquiatria e Preceptor da Residência em Psiquiatria, Hospital do Servidor Público Estadual de São
Paulo (HSPE/SP), São Paulo, SP. Responsável pelo Curso de Psicopatologia, HSPE/SP. 2 Psiquiatra. Doutora. Preceptora do Ambulatório de
Psiquiatria e Professora do Curso de Pós-Graduação, HSPE/SP. Coordenadora, Enfermaria, Projeto Terceira Idade (PROTER), Hospital de Clínicas,
Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP.

Clique aqui e leia a matéria na íntegra.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Você pode escolher ser um terapeuta otimista ou pessimista.


Conheça os Estilos de Atribuição de Martin Seligman.
________________________________________
Ao analisar as suas auto explicações sobre você, o mundo e o futuro as dimensões de permanência, abrangência e personalização tem uma importância fundamental na qualidade de suas emoções e comportamentos.
Quem Não Desiste Nunca?

Como você pensa a respeito das causas dos Infortúnios pequenos e grandes, que se abatem sobre você? Algumas pessoas as que desistem facilmente, dizem habitualmente de seus infortúnios: “ Só podia acontecer comigo. Vai durar para sempre e vai comprometer tudo que estou fazendo.”. Outros, aqueles que resistem a se entregar à adversidade, dizem: “ Foram as circunstâncias. Vai passar logo e, além do mais, a vida ainda tem muito o que oferecer .”
Sua maneira habitual de explicar os maus acontecimentos, seu estilo explicativo, é muito mais do que as palavras que você anuncia quando fracassa. É um hábito de pensar adquirido na infância e na adolescência. Seu estilo explicativo emana diretamente da maneira como vê o lugar que ocupa no mundo – se se considera uma pessoa possuidora de méritos ou desprovida de qualidades, inútil. É a marca que o distingue como otimista ou pessimista.

HÁ TRÊS DIMENSÕES CRUCIAIS PARA O SEU ESTILO EXPLICATIVO: PERMANÊNCIA, ABRANGÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO.

PERMANÊNCIA

As pessoas que desistem com facilidade acreditam que as causas dos maus acontecimentos que ocorrem em suas vidas são permanentes, persistem, afetando tudo o que fazem. As que resistem ao desamparo acreditam que as causas dos infortúnios são passageiras.

PERMANENTES PASSAGEIRAS
“Estou liquidado.” “Estou exausto”.
“Os regimes nunca funcionam.” “Os regimes não funcionam
quando você come fora.”
“Você sempre resmunga.” “ Você resmunga quando não
limpo meu quarto.”
“O patrão é um f.- d.-p.” “O patrão está de mau humor.”
“Você nunca fala comigo”. “ Você não tem falado comigo
ultimamente.”

Se pensa sobre os reveses em termos de sempre e nunca, você tem um estilo permanente, pessimista. Se pensa em termos de às vezes e ultimamente, se usa gradações e atribui os reveses a condições transitórias, você tem um estilo otimista.

Os reveses fazem com que qualquer um fique pelo memos momentaneamente desamparado. É como um soco no estomâgo. Dói mas a dor passa – para algumas quase estantaneamente. Para as outras, a dor permanece ela ferve, ela corrói, e acaba se transformando em rancor. Entregam-se ao desamparo durante dias e até meses, até mesmo diante de pequenos contratempos. São capazes de nunca mais se recuperarem de grandes reveses.

O ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS BONS ACONTECIMENTOS É JUSTAMENTE O OPOSTO DO ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS MAUS ACONTECIMENTOS.

As pessoas que acreditam que os bons momentos acontecimentos têm causas permanentes são mais otimistas do que as que acreditam que eles têm causas temporárias.

TEMPORÁRIAS PERMANENTES
(Pessimistas): (Otimistas):
“É o meu dia de sorte.” “Tenho sempre sorte”.
“Faço força.” “Sou talentoso.”
“O meu adversário cansou.” “O meu adversário não é bom.”

As pessoas otimistas explicam os bons eventos a si mesmas em termos de causas permanentes : características, habilidades, sempre. Os pessimistas denominam as causas transitórias de: estados de espírito, esforço, às vezes.

As pessoas que acreditam que os bons acontecimentos têm causas permanentes esforçam-se ainda mais depois de terem sido bem sucedidas. As que atribuem razões temporárias aos bons acontecimentos podem desistir depois de serem bem sucedidas, acreditando que o sucesso foi um casualidade.

Abrangência: O Específico contra o Universal

A PERMANÊNCIA TEM A VER COM O TEMPO. A ABRANGÊNCIA, COM O ESPAÇO.
Vejamos um exemplo: numa grande firma de varejo, metade do departamento de contabilidade foi despedido. Dois dos contadores, Nora e Kevin, ficaram deprimidos. Durante muito meses, não podiam nem pensar em procurar outro emprego e evitavam qualquer tarefa que lhes lembrasse cálculos contábeis, até mesmo preenchimento da declaração do imposto de renda. Nora, entretanto, continuou sendo uma esposa carinhosa e inteligente. Sua vida social prosseguiu normalmente, sua saúde manteve-se ótima, e ela passou a trabalhar três vezes por semana. Em contrapartida, Kevin desabou. Esqueceu a mulher e o filho pequeno, ficando o tempo todo ensimesmado. Recusava-se a ir em festas, dizendo que não podia ver gente. Não achava graça nas piadas.
Pegou um resfriado que durou todo inverno, e desistiu de correr todas as manhãs. Algumas pessoas são capazes de arquivar seus problemas e continuar tocando a vida mesmo quando um de seus aspectos importantes – o trabalho ou o relacionamento amoroso, por exemplo – esteja em crise. Outros se descabelam por qualquer coisa,
dramatizam. Quando um fio de suas vidas cede, lá se vai todo o tecido. Trocando em miúdos: as pessoas que dão explicações universais para seus insucessos desistem de tudo quando ocorre um réves numa determinada área. As pessoas que dão explicações específicas podem se sentir desamparadas naquele segmento de suas vidas, o que não as impede, entretanto, de cuidar corajosamente dos demais.
Eis aqui alguns exemplos de explicações universais e específicas de maus acontecimentos:

UNIVERSAIS ESPECÍFICAS
(Pessimistas): ( Otimista):
“Todos os professores “O professor Seligman é injusto”.
são injustos”.
“ Eu sou repulsiva”. “ Eu sou repulsiva para ele.”
“Os livros são inúteis”. “ Esta livro é inútil”.

Nora e Kevin eram ambos pessimista nesse particular . Quando foram despedidos, ambos ficaram deprimidos por muito tempo. Mas eram diferentes na dimensão de abrangência. Kevin acreditava que a dispensa iria comprometer tudo o que tentasse fazer; passou a se considerar um fracasso, imcompetente. Nora achou que os acontecimentos adversos tinham motivos muito específicos. Quando foi despedida, pensou que não era boa em contabilidade.

Explicações universais, de caráter genérico,produzem desamparo num raio de muitas situações, e explicações específicas produzem desamparo somente na área em crise. Kevin era vítima da dimensão de abrangência. Ao ser despedido, achou que a causa era genérica, e agiu como o desastre tivesse atingido todos os aspecto de sua vida. O escore de abrangência de Kevin revelou que ele era catastrofizador.

Você acostuma catastrofizar?

O estilo explicativo otimista para os bons acontecimentos é o oposto do estilo explicativo para os maus acontecimentos. O otimista acredita que os maus acontecimentos têm causas específicas, ao passo que os bons acontecimentos favorecerão tudo que fizer; o pessimista acredita que os maus acontecimentos têm causas universais e que os bons acontecimentos são causados por fatores específicos. Quando ofereceram a Nora a oportunidade de voltar a trabalhar temporariamente na companhia, ela pensou: “ Finalmente, concluíram que não podem passar sem mim.” Quando fizeram a mesma proposta a Kevin, ele pensou: “ Eles devem estar mesmo precisando de gente.”

ESPECÍFICAS UNIVERSAIS
(Pessimistas): ( Otimistas):
“ Sou bom em matemática.” “Sou bom”.
“ Meu corretor conhece ações “Meu corretor conhece Wall Street”.
de petróleo.”.
“Fui charmoso com ela.” “Fui charmoso”.

A Matéria da Esperança

A esperança tem sido amplamente explorada pelos pregadores, políticos e vendedores. O conceito de estilo explicativo traz esperança aos laboratórios, onde os cientistas podem dissecá-lo a fim de compreender como ele funciona. Termos ou não termos esperança depende de duas dimensões do nosso estilo explicativo: abrangência e permanência. Encontrar razões temporárias limitam o desamparo no tempo e as razões específicas limitam o desamparo à situação original. De outra parte, as razões permanentes estendem o desamparo ao futuro distante e as razões universais espalham o desamparo por todas as suas iniciativas. Atribuir razões permanentes e universais para o infotúnio é praticar o desespero.

SEM ESPERANÇA ESPERANÇOSO
“Sou burro”. “Estou de ressaca.”
“Os homens são tiranos.” “ Meu marido não estava numa boa.”
“Aposto que esse tumor é câncer”. “Aposto que esse tumor é benigno.”

As pessoas que dão explicações permanentes universais para os seus problemas tendem a entrar em colapso quando sob pressão, por muito tempo e diversas situações. Nenhum outro resultado isolado é tão importante quanto o seu escore de esperança.

Personalização: Interna contra Externa ( Interior contra Exterior )

HÁ UM ASPECTO FINAL DO ESTILO EXPLICATIVO: PERSONALIZAÇÃO.
Uma ocasião, comenta Seligman, vivi com uma mulher que punha a culpa de tudo em cima de mim. A comida ruim de um restaurante, vôos atrasados e até o vinco malfeito das calças que voltavam da tinturaria. -Querida – eu disse um dia, exasperado após ter sido repreendido porque o secador de cabelos não funcionava -, você é a criatura que mais exterioriza as contrariedades que já conheci.
- É verdade – esbravejou -, e você é o culpado!

Quando acontecem coisas ruins, podemos nos culpar (interiorizar) ou ou podemos culpar outras pessoas pelas circunstâncias (exteriorizar). As pessoas que se culpam têm, conseqüentemente, pouca auto-estima. Julgam-se sem valor e sem talento e desprezíveis. As pessoas que põem a culpa nos acontecimentos externos não perdem
a auto-estima quando ocorrem reveses. No fundo, gostam mais de si mesmas do que as pessoas que se culpam pelos tropeços da vida. Um nível baixo de auto-estima deriva geralmente de um estilo interiorizado com relação aos maus acontecimentos.

INTERIORIZADO EXTERIORIZADO
(Baixa auto-estima) (Alta auto-estima)
“Sou um burro.” “Você é um burro.”
“Não sou bom jogador de pôquer.” “Não tenho sorte no pôquer”
“Sou inseguro”. “Cresci na pobreza.”

Das três dimensões do estilo explicativo, a personalização é a mais fácil de se entender . Afinal, uma das primeiras coisas que uma criança aprende a dizer é: “Foi ele, não fui eu!” A personalização também é a dimensão mais fácil de ser superestimada. Ela controla apenas o que você sente sobre si mesmo, mas a abrangência e a permanência – as dimensões mais importantes – controlam o que faz; quanto tempo você fica desamparado e em quantas situações.
A personalização é a única dimensão fácil de ser camuflada. Se eu lhe disser para falar sobre seus problemas de uma maneira exteriorizada, você será capaz de fazê-lo – mesmo que seja um introvertido crônico. Você poderá divagar, pondo a culpa nos outros pelos seus problemas. Entretanto, se for pessimista e eu lhe disser para discorrer sobre os seus problemas conferindo-lhes causas temporárias e específicas, você não será capaz de fazê-lo ( a menos que tenha lido o livro e dominado as técnicas da Terceira Parte: “Mudando: Do Pessimismo para o Otimismo”).
Uma última informação, o estilo otimista de explicar os bons eventos é o oposto do usado para os maus aconte-
cimentos. É interno e não externo. As pessoas que acreditam que são causadoras de coisas boas em geral gostam mais de si mesmas do que as que julgam que as boas coisas derivam de outras pessoas ou de outras circunstâncias.

EXTERIORIZADO INTERIOZADO
(Pessimistas): (Otimistas):
“Um golpe de sorte ...” “Posso tirar partido da sorte”.
“A habilidade de meus colegas...” “ Minha habilidade...”

Advertência sobre a responsabilidade:

EMBORA SEJAM EVIDENTES AS VANTAGENS DE APRENDER O OTIMISMO – há alguns desejos.

Temporários? Circunscritos? Tudo bem. Quero que minhas depressões sejam curtas e limitadas. Quero me recuperar rapidamente. E se suas causas forem externas? Será justo culpar outras pessoas por seus reveses? Sem dúvida, queremos que as pessoas assumam as conseqüências das confusões que aprontam, que sejam responsáveis pelos seus atos. Certas doutrinas psicológicas, prejudicaram nossa sociedade ajudando a corroer a responsabilidade pessoal. O mal é rotulado erroneamente de insanidade; os maus modos são levados à conta de neuroses; pacientes “tratados com êxito”negligenciam suas obrigações para com suas famílias porque elas não lhes proporcionam realização pessoal. A questão é saber se a mudança de conceituação sobre as causas dos reveses, que deixariam de ser interiores para se exteriorizarem (“A culpa não é minha... é falta de sorte”), não é minha a responsabilidade.
Sou contra qualquer estratégia que contribua para erodir ainda mais a responsabilidade. Não acredito que as pessoas devam mudar radicalmente suas convicções, transformando seu sucesso mental interior em exterior, por atacado. Todavia, há uma condição em que isso não pode deixar de ser feito: a depressão. As pessoas deprimidas geralmente assumem muito a responsabilidade pelas adversidades do que lhes cabe.
Há um assunto mais profundo a ser considerado: por um motivo, antes de tudo, as pessoas devem assumir a responsabilidade por seus reveses. A resposta, quero crer, é porque queremos que as pessoas mudem, e sabemos que elas não o farão se não assumirem responsabilidade. Se quisermos que as pessoas mudem, a interiorização não é tão decisiva quanto a permanência. Se você acreditar que a causa de seu infortúnio – estupidez, falta de talento, feiúra – é permanente, não agirá para modificá-la. Não fará nada para se aperfeiçoar. Se quisermos que as pessoas sejam responsáveis pelos seus atos, então, sim, havemos de querer que elas tenham um estilo interior. E, o que
é mais importante: as pessoas precisam adotar um estilo temporário em relação aos reveses – precisam acreditar que, sejam quais forem as causas, elas podem ser modificadas.

E se Você For um Pessimista?

FAZ MUITA DIFERENÇA SE O SEU ESTILO É PESSIMISTA.

Se o seu escore no teste for fraco, há quatro áreas onde você encontrará ( e provavelmente já encontrou) problemas. Primeiro, você tem tendência a ficar deprimido com facilidade. Segundo, é possível que o seu rendimento no trabalho esteja aquém do seu talento. Terceiro, sua saúde física – e seu sistema imunológico – provavelmente deixam a desejar, e o quadro atual poderá piorar à medida que você envelhecer. Finalmente, a vida não é tão prazerosa quanto deveria ser.
O estilo explicativo pessimista é uma desgraça. Se o seu pessimismo situa-se num nível médio, ele não chegará a constituir problema em tempos normais. Mas nas crises, nos tempos difíceis que a vida reserva para nós, é quase certo que você pagará um preço indevido. Quando for vitima do revés, tudo indica que ele o deixará mais deprimido do que seria razoável. Como você reage normalmente quando suas ações caem, quando é rejeitado por
alguém que ama, quando não consegue o emprego que pleiteava? Você fica muito triste. Perde a alegria de viver. É impossível para você enfrentar qualquer tipo de desafio. O futuro lhe parece tenebroso. E você se sente assim durante muitos dias e até mesmo meses. Sem dúvida, você já se sentiu desta maneira muitas vezes; a maioria das pessoas reage desse modo. Entretanto, embora essas rasteiras possam ser um fato corriqueiro, isso não quer dizer que ele seja aceitável ou que a vida tenha de ser necessariamente assim. Se você usar um estilo explicativo diferente, estará mais bem aparelhado para enfrentar tempos difíceis e evitar que eles o levem à depressão. Mas isso está longe de esgotar as vantagens de um novo estilo explicativo. Se o seu grau de pessimismo for médio, você estará atravessando a vida num nível inferior ao que faz jus por força de seus talentos. Como você verá mesmo um grau médio de pessimismo compromete seu desempenho no colégio, no trabalho e nos esportes, o que também é verdade no que diz respeito à sua saúde física. O capítulo 10, do livro, ilustra como, ainda que você seja apenas discretamente pessimista, sua saúde pode não ser das melhores. É de se supor que sofrerá de doenças crônicas decorrentes ao envelhecimento prematuro e mais penoso do que o necessário. O seu sistema imunológico poderá não funcionar tão bem quanto deveria; você também poderá ser mais lenta. Se você recorrer às técnicas expostas no Capítulo 12, poderá elevar seu nível diário de otimismo. Reagirá às adversidades normais da vida muito mais positivamente e se recuperará dos reveses com muito mais rapidez do que antes. Realizará mais no trabalho, no colégio e nas praças de esporte. E, a longo prazo, até o seu corpo o servirá melhor.

Entenda tudo sobre otimismo lendo o livro de Martin Seligman: Aprenda a ser Otimista.

domingo, 18 de abril de 2010

Filme: O Aviador

Assistiram o filme: "O Aviador"? Ele fala de um homem de negócios, que encontra muitos problemas pela sua determinação, obstinação ou teimosia (?),
e que apresenta sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), desenvolvendo "fobia social", acaba se trancando num quarto e repetindo rituais...Em determinado momento, não consegue mais conviver, "socialmente". Alguém assistiu? Gostaria de discutir um pouco o filme. Achei bastante complexo, compreender, o que o levou às "crises". Qual hipótese de conceituação cognitiva para o caso.. etc... Acredito que podemos enriquecer com as diversas opiniões dos colegas , terapeutas cognitivos.
bjs a todos Adriana Roveroni -Psicóloga - Jaú 3621.8628 - aroveroni@hotmail.com

terça-feira, 13 de abril de 2010

Gagueira.










Como explicar que uma pessoa gagueja numa conversa em português, mas não gagueja ao falar em outro idioma?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A Miss Imperfeita ou a Miss Plenitude.

O pefeccionismo é um dos temas mais presentes em terapia e ao receber este texto extraído da Revista do Jornal O Globo, enviado por uma paciente, pensei que pode ser uma interessante reflexão para nós e nossos pacientes. Faça o seu comentário.

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias..

Cinco dias!

Tempo para uma massagem..

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um tr abalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.



Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

terça-feira, 6 de abril de 2010

Filme - As Horas

Amigos, assisti o filme indicado pelo Prof Arnaldo. Realmente mostra, em profundidade, a Depressão, a desesperança, e a falta de compreensão de quem está ao redor. Támbém , enfatiza muito bem, que cada pessoa "vê" e "sente" de uma maneira particular suas tristezas, perdas e dores. Mostra a história de 3 mulheres, em épocas diferentes e cada qual , lidando com suas tristezas de forma peculiar. Como o filme é baseado em um livro de Virginia Woolf, as histórias se fundem, confundem , mas ,claramente percebe-se a "construção" diferente que cada personagem faz de sua vida, de suas dores...
Abraços
Adriana Roveroni - Jaú
Rua Eduardo Hilst, 23 - fones 143621.8628 - 9709.8912http://adrianaroveronipsicologiajau.blogspot.com

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Caros amigos, (CONVITE PARA ACESSAREM)

Eu, que nunca tive orkut ou qualquer outra página da internet e só utilizava email e msn, fui parar em um blog... e Estou "engatinhando" ainda...

Tudo começou com o convite de um grupo de psicólogos que faço parte, TERAPEUTAS COGNITIVOS (tendo a frente, o competentíssimo Professor de Formação e Especialização em Terapia Cognitiva, Arnaldo Vicente, de Bauru, que vocês podem conhecer, melhor, através do meu blog.

Ingressei no blog de TERAPEUTAS COGNITIVOS , e agora, tenho o meu próprio blog , onde pretendo divulgar meus trabalhos (consultório, TVC canal 2 Jaú, Radio Energia FM, artigos, etc...)

COM IMENSO PRAZER, inicio divulgando o Lançamento da REVISTA ENERGIA (Radio Energia FM, 101,9 - Jaú), contendo matérias belíssimas, muito trabalho de toda equipe, e meu artigo sobre Comunicação (página 33).

Convido, com muito carinho, que acessem, SIGAM (criando ou para quem tem conta em um dos provedores indicados lá em SEGUIR..gmail é um deles), se se sentirem a vontade.

E que, claro, INDEPENDENTE DE SEGUIREM, deixem suas mensagens.

Ficarei muito feliz.
bjos
http://adrianaroveronipsicologiajau.blogspot.com

Notícias que nos aprimoram.


Pesquisas revelam bons resultados em depressão, pânico, vícios e outros males ERICA GOODE - The New York Times (foto: Beck e Judith)


FILADÉLFIA - O Instituto Beck de Terapia e Pesquisa Cognitivas está atraindo terapeutas de todo o mundo. A organização também já despertou a atenção da Associação Nacional de Saúde Mental, que recomenda a terapia cognitiva a pacientes como uma das poucas formas de tratamento estudadas em ensaios clínicos e em larga escala. Pode-se dizer que a terapia cognitiva é hoje o braço da psicologia que mais se expande nos Estados Unidos. O fundador dessa forma de psicoterapia é o doutor Aaron T. Beck, cuja máxima preferida é: "Há na superfície muito mais do que o notado pelos olhos."
Estudos - O doutor Aaron T. Beck constatou, em 40 anos de pesquisas e trabalho clínico, que muitas dificuldades psicológicas de seus pacientes não se encontram nas profundezas do inconsciente, mas em "problemas de raciocínio", muito mais próximos da percepção consciente. O fundador da psicoterapia cognitiva cita como exemplo o caso de uma mulher que fazia sessões de psicanálise com ele, na ocasião recém-formado pelo Instituto Filadélfia de Psicanálise. Sentado atrás da paciente, ele fazia anotações em seu caderno, enquanto ela falava sobre suas experiências sexuais com homens. "Como se sente falando disso?", perguntou-lhe Beck a certa altura. "Fico com ansiedade", respondeu a mulher.
Interpretação - Preparado para sondar os conflitos ocultos de sintomas psicológicos, o doutor Aaron T. Beck respondeu com uma interpretação. "Você fica com ansiedade porque está precisando enfrentar alguns de seus desejos sexuais", disse-lhe. "E está ansiosa por achar que desaprovo esses desejos." E ela respondeu. "Na verdade, dr. Beck, receio que o esteja aborrecendo." Mais tarde, o psicanalista descobriu que sua paciente se entregava permanentemente a um monólogo autodepreciativo, no qual uma voz interior constantemente dizia que ela não tinha atrativos, não era interessante e não valia nada. Os "pensamentos automáticos" mostrados pela paciente, conforme Beck os chama, levaram-na a agir de modo derrotista, a ter conduta promíscua por não achar que tivesse muito a oferecer, ou a ser teatral, na tentativa de parecer mais interessante aos homens com quem se relacionava. A terapia cognitiva, desenvolvida pelo psiquiatra depois que ele abandonou a psicanálise, pretende ajudar os pacientes a corrigir tais distorções do raciocínio, com freqüência numa dezena de sessões - ou menos.
Método - Beck diz que o método é "simples e prosaico", sem trazer à tona lembranças da infância que se perderam, sem o exame minucioso dos desmandos dos pais, sem a busca de significados ocultos. "Ele tem a ver com os problemas do bom-senso das pessoas", disse. Na terapia cognitiva, os pacientes são incentivados a testar a opinião que têm de si mesmos e dos outros, como se fossem cientistas testando hipóteses. Os pacientes recebem dos terapeutas tarefas para fazer em casa. Aprendem a identificar suas "crenças" imprecisas e a fixar metas para alterar sua conduta. É um pacote atraente. Numa época em que os planos de assistência médica acompanham atentamente a sala de consultas e a maioria dos psiquiatras considera os medicamentos - não a conversa - o tratamento ideal para seus pacientes, o método de Beck mostra sua força terapêutica.
Princípios - Os princípios básicos da terapia cognitiva estão facilmente resumidos em manuais de treinamento e sua simplicidade a torna um instrumento ideal de pesquisa. Dezenas de estudos realizados no mundo inteiro mostraram sua eficácia no tratamento da depressão, ataques de pânico, vícios, distúrbios alimentares e outros males psiquiátricos. Pesquisadores também estudam a capacidade de o método tratar distúrbios de personalidade e, em combinação com medicamentos, doenças psicóticas como a esquizofrenia. "Não preciso estar certo", diz, "mas não gosto de estar errado". O médico também afirma considerar-se um pragmático. "Se uma coisa não dá certo, eu não a faço." Ele incentiva uma filosofia semelhante em seus pacientes, esperando que eles acabem se livrando das atitudes derrotistas. Aconselha uma mulher de 30 anos que acredita que Deus a castigará se ela própria não o fizer. "Você pode descobrir, se parar de se castigar e nada acontecer."
Fonte: Jornal Estadão

sábado, 27 de março de 2010

Comente este filme utilizando sua visão de TC.



O filme AS HORAS fala da relação entre desesperança e suicídio.

Sinopse: Em três períodos diferentes vivem três mulheres ligadas ao livro "Mrs. Dalloway". Em 1923 vive Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e idéias de suicídio. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo.

Colaboração: Augusto Volpi Barreto, Psq. e TC.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Desafio: Conceituação Cognitiva Coletiva.



Em muitas situações as pessoas apresentam atitudes aparentemente iguais, porque isto ocorre? Há um inconsciente coletivo como afirmou Carl Gustav Jung?

Permita-se avaliar esse comportamento social e comente qual seria sua hipótese quanto a Conceituação Cognitiva Coletiva (disfuncional?) dessas pessoas ativadas diante do obstáculo no chão?

Qual poderia ser a conceituação cognitiva (funcional?) do menino e das outras crianças?

O que Martin Seligman, em seu livro "Aprenda a ser otimista" fala sobre os estilos cognitivos da criança?

Colaboração: Arnaldo Vicente, Esp.TC

quinta-feira, 25 de março de 2010

Comente: este vídeo pode nos ajudar? Como?



Colaboração: Arnaldo Vicente, Esp. TC.

Comente: este vídeo de Judith Beck, pode nos ajudar? Como?



Colaboração: Arnaldo Vicente, Esp. TC.

Desafio: vamos exercitar conceituações cognitivas?



Que tal exercitarmos nosso raciocínio de conceituação cognitiva com o personagem do filme Perfume de mulher?


Quem assistiu viu a grande performance, principalmente, de Al Pacino vivendo um homem cheio de conflitos. Fiquei pensando qual seria a conceituação cognitiva que melhor explicaria o seu jeito de ser, suas regras condicionais, estratégias compensatórias e suas crenças básicas? Qual esquema primário explicaria sua instável vulnerabilidade? Não estima, inadequação ou incompetência?


Colaboração: Arnaldo Vicente- Bauru-SP



quarta-feira, 24 de março de 2010

S.O.S: sobre TC e gagueira.

Colegas TCs:
Estou atendendo uma paciente que apresenta alto nível de ansiedade e comportamentos de gagueira em situações acadêmicas e profissionais, como apresentar seminários, participar de entrevistas para estágios em empresas, etc. Gostaria de receber indicações de bibliografia e ou orientações sobre o trabalho clínico em Terapia Cognitiva com pacientes que apresentam gagueira.
Aguardo colaborações,
Arnaldo Vicente, TC.

terça-feira, 23 de março de 2010

S.O.S. Terapeutas Cognitivos!

Rede de Terapeutas Cognitivos que tem como objetivo ajudarem-se para elevar o nível do trabalho oferecido aos nossos clientes. Estamos em contínuo crescimento e aperfeiçoamento,ninguém sabe tudo que não tenha mais o que aprender e ninguém sabe nada que não posso ensinar. Uma técnica, uma forma de abordar e compreender um processo terapêutico, uma dica de algo que já ocorreu e que poderá ajudar ou inspirar o colega em dificuldade..
Missão: ampliar com competência o número de profissionais em TC.