TCC 2015

TCC 2015

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Você pode escolher ser um terapeuta otimista ou pessimista.


Conheça os Estilos de Atribuição de Martin Seligman.
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Ao analisar as suas auto explicações sobre você, o mundo e o futuro as dimensões de permanência, abrangência e personalização tem uma importância fundamental na qualidade de suas emoções e comportamentos.
Quem Não Desiste Nunca?

Como você pensa a respeito das causas dos Infortúnios pequenos e grandes, que se abatem sobre você? Algumas pessoas as que desistem facilmente, dizem habitualmente de seus infortúnios: “ Só podia acontecer comigo. Vai durar para sempre e vai comprometer tudo que estou fazendo.”. Outros, aqueles que resistem a se entregar à adversidade, dizem: “ Foram as circunstâncias. Vai passar logo e, além do mais, a vida ainda tem muito o que oferecer .”
Sua maneira habitual de explicar os maus acontecimentos, seu estilo explicativo, é muito mais do que as palavras que você anuncia quando fracassa. É um hábito de pensar adquirido na infância e na adolescência. Seu estilo explicativo emana diretamente da maneira como vê o lugar que ocupa no mundo – se se considera uma pessoa possuidora de méritos ou desprovida de qualidades, inútil. É a marca que o distingue como otimista ou pessimista.

HÁ TRÊS DIMENSÕES CRUCIAIS PARA O SEU ESTILO EXPLICATIVO: PERMANÊNCIA, ABRANGÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO.

PERMANÊNCIA

As pessoas que desistem com facilidade acreditam que as causas dos maus acontecimentos que ocorrem em suas vidas são permanentes, persistem, afetando tudo o que fazem. As que resistem ao desamparo acreditam que as causas dos infortúnios são passageiras.

PERMANENTES PASSAGEIRAS
“Estou liquidado.” “Estou exausto”.
“Os regimes nunca funcionam.” “Os regimes não funcionam
quando você come fora.”
“Você sempre resmunga.” “ Você resmunga quando não
limpo meu quarto.”
“O patrão é um f.- d.-p.” “O patrão está de mau humor.”
“Você nunca fala comigo”. “ Você não tem falado comigo
ultimamente.”

Se pensa sobre os reveses em termos de sempre e nunca, você tem um estilo permanente, pessimista. Se pensa em termos de às vezes e ultimamente, se usa gradações e atribui os reveses a condições transitórias, você tem um estilo otimista.

Os reveses fazem com que qualquer um fique pelo memos momentaneamente desamparado. É como um soco no estomâgo. Dói mas a dor passa – para algumas quase estantaneamente. Para as outras, a dor permanece ela ferve, ela corrói, e acaba se transformando em rancor. Entregam-se ao desamparo durante dias e até meses, até mesmo diante de pequenos contratempos. São capazes de nunca mais se recuperarem de grandes reveses.

O ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS BONS ACONTECIMENTOS É JUSTAMENTE O OPOSTO DO ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS MAUS ACONTECIMENTOS.

As pessoas que acreditam que os bons momentos acontecimentos têm causas permanentes são mais otimistas do que as que acreditam que eles têm causas temporárias.

TEMPORÁRIAS PERMANENTES
(Pessimistas): (Otimistas):
“É o meu dia de sorte.” “Tenho sempre sorte”.
“Faço força.” “Sou talentoso.”
“O meu adversário cansou.” “O meu adversário não é bom.”

As pessoas otimistas explicam os bons eventos a si mesmas em termos de causas permanentes : características, habilidades, sempre. Os pessimistas denominam as causas transitórias de: estados de espírito, esforço, às vezes.

As pessoas que acreditam que os bons acontecimentos têm causas permanentes esforçam-se ainda mais depois de terem sido bem sucedidas. As que atribuem razões temporárias aos bons acontecimentos podem desistir depois de serem bem sucedidas, acreditando que o sucesso foi um casualidade.

Abrangência: O Específico contra o Universal

A PERMANÊNCIA TEM A VER COM O TEMPO. A ABRANGÊNCIA, COM O ESPAÇO.
Vejamos um exemplo: numa grande firma de varejo, metade do departamento de contabilidade foi despedido. Dois dos contadores, Nora e Kevin, ficaram deprimidos. Durante muito meses, não podiam nem pensar em procurar outro emprego e evitavam qualquer tarefa que lhes lembrasse cálculos contábeis, até mesmo preenchimento da declaração do imposto de renda. Nora, entretanto, continuou sendo uma esposa carinhosa e inteligente. Sua vida social prosseguiu normalmente, sua saúde manteve-se ótima, e ela passou a trabalhar três vezes por semana. Em contrapartida, Kevin desabou. Esqueceu a mulher e o filho pequeno, ficando o tempo todo ensimesmado. Recusava-se a ir em festas, dizendo que não podia ver gente. Não achava graça nas piadas.
Pegou um resfriado que durou todo inverno, e desistiu de correr todas as manhãs. Algumas pessoas são capazes de arquivar seus problemas e continuar tocando a vida mesmo quando um de seus aspectos importantes – o trabalho ou o relacionamento amoroso, por exemplo – esteja em crise. Outros se descabelam por qualquer coisa,
dramatizam. Quando um fio de suas vidas cede, lá se vai todo o tecido. Trocando em miúdos: as pessoas que dão explicações universais para seus insucessos desistem de tudo quando ocorre um réves numa determinada área. As pessoas que dão explicações específicas podem se sentir desamparadas naquele segmento de suas vidas, o que não as impede, entretanto, de cuidar corajosamente dos demais.
Eis aqui alguns exemplos de explicações universais e específicas de maus acontecimentos:

UNIVERSAIS ESPECÍFICAS
(Pessimistas): ( Otimista):
“Todos os professores “O professor Seligman é injusto”.
são injustos”.
“ Eu sou repulsiva”. “ Eu sou repulsiva para ele.”
“Os livros são inúteis”. “ Esta livro é inútil”.

Nora e Kevin eram ambos pessimista nesse particular . Quando foram despedidos, ambos ficaram deprimidos por muito tempo. Mas eram diferentes na dimensão de abrangência. Kevin acreditava que a dispensa iria comprometer tudo o que tentasse fazer; passou a se considerar um fracasso, imcompetente. Nora achou que os acontecimentos adversos tinham motivos muito específicos. Quando foi despedida, pensou que não era boa em contabilidade.

Explicações universais, de caráter genérico,produzem desamparo num raio de muitas situações, e explicações específicas produzem desamparo somente na área em crise. Kevin era vítima da dimensão de abrangência. Ao ser despedido, achou que a causa era genérica, e agiu como o desastre tivesse atingido todos os aspecto de sua vida. O escore de abrangência de Kevin revelou que ele era catastrofizador.

Você acostuma catastrofizar?

O estilo explicativo otimista para os bons acontecimentos é o oposto do estilo explicativo para os maus acontecimentos. O otimista acredita que os maus acontecimentos têm causas específicas, ao passo que os bons acontecimentos favorecerão tudo que fizer; o pessimista acredita que os maus acontecimentos têm causas universais e que os bons acontecimentos são causados por fatores específicos. Quando ofereceram a Nora a oportunidade de voltar a trabalhar temporariamente na companhia, ela pensou: “ Finalmente, concluíram que não podem passar sem mim.” Quando fizeram a mesma proposta a Kevin, ele pensou: “ Eles devem estar mesmo precisando de gente.”

ESPECÍFICAS UNIVERSAIS
(Pessimistas): ( Otimistas):
“ Sou bom em matemática.” “Sou bom”.
“ Meu corretor conhece ações “Meu corretor conhece Wall Street”.
de petróleo.”.
“Fui charmoso com ela.” “Fui charmoso”.

A Matéria da Esperança

A esperança tem sido amplamente explorada pelos pregadores, políticos e vendedores. O conceito de estilo explicativo traz esperança aos laboratórios, onde os cientistas podem dissecá-lo a fim de compreender como ele funciona. Termos ou não termos esperança depende de duas dimensões do nosso estilo explicativo: abrangência e permanência. Encontrar razões temporárias limitam o desamparo no tempo e as razões específicas limitam o desamparo à situação original. De outra parte, as razões permanentes estendem o desamparo ao futuro distante e as razões universais espalham o desamparo por todas as suas iniciativas. Atribuir razões permanentes e universais para o infotúnio é praticar o desespero.

SEM ESPERANÇA ESPERANÇOSO
“Sou burro”. “Estou de ressaca.”
“Os homens são tiranos.” “ Meu marido não estava numa boa.”
“Aposto que esse tumor é câncer”. “Aposto que esse tumor é benigno.”

As pessoas que dão explicações permanentes universais para os seus problemas tendem a entrar em colapso quando sob pressão, por muito tempo e diversas situações. Nenhum outro resultado isolado é tão importante quanto o seu escore de esperança.

Personalização: Interna contra Externa ( Interior contra Exterior )

HÁ UM ASPECTO FINAL DO ESTILO EXPLICATIVO: PERSONALIZAÇÃO.
Uma ocasião, comenta Seligman, vivi com uma mulher que punha a culpa de tudo em cima de mim. A comida ruim de um restaurante, vôos atrasados e até o vinco malfeito das calças que voltavam da tinturaria. -Querida – eu disse um dia, exasperado após ter sido repreendido porque o secador de cabelos não funcionava -, você é a criatura que mais exterioriza as contrariedades que já conheci.
- É verdade – esbravejou -, e você é o culpado!

Quando acontecem coisas ruins, podemos nos culpar (interiorizar) ou ou podemos culpar outras pessoas pelas circunstâncias (exteriorizar). As pessoas que se culpam têm, conseqüentemente, pouca auto-estima. Julgam-se sem valor e sem talento e desprezíveis. As pessoas que põem a culpa nos acontecimentos externos não perdem
a auto-estima quando ocorrem reveses. No fundo, gostam mais de si mesmas do que as pessoas que se culpam pelos tropeços da vida. Um nível baixo de auto-estima deriva geralmente de um estilo interiorizado com relação aos maus acontecimentos.

INTERIORIZADO EXTERIORIZADO
(Baixa auto-estima) (Alta auto-estima)
“Sou um burro.” “Você é um burro.”
“Não sou bom jogador de pôquer.” “Não tenho sorte no pôquer”
“Sou inseguro”. “Cresci na pobreza.”

Das três dimensões do estilo explicativo, a personalização é a mais fácil de se entender . Afinal, uma das primeiras coisas que uma criança aprende a dizer é: “Foi ele, não fui eu!” A personalização também é a dimensão mais fácil de ser superestimada. Ela controla apenas o que você sente sobre si mesmo, mas a abrangência e a permanência – as dimensões mais importantes – controlam o que faz; quanto tempo você fica desamparado e em quantas situações.
A personalização é a única dimensão fácil de ser camuflada. Se eu lhe disser para falar sobre seus problemas de uma maneira exteriorizada, você será capaz de fazê-lo – mesmo que seja um introvertido crônico. Você poderá divagar, pondo a culpa nos outros pelos seus problemas. Entretanto, se for pessimista e eu lhe disser para discorrer sobre os seus problemas conferindo-lhes causas temporárias e específicas, você não será capaz de fazê-lo ( a menos que tenha lido o livro e dominado as técnicas da Terceira Parte: “Mudando: Do Pessimismo para o Otimismo”).
Uma última informação, o estilo otimista de explicar os bons eventos é o oposto do usado para os maus aconte-
cimentos. É interno e não externo. As pessoas que acreditam que são causadoras de coisas boas em geral gostam mais de si mesmas do que as que julgam que as boas coisas derivam de outras pessoas ou de outras circunstâncias.

EXTERIORIZADO INTERIOZADO
(Pessimistas): (Otimistas):
“Um golpe de sorte ...” “Posso tirar partido da sorte”.
“A habilidade de meus colegas...” “ Minha habilidade...”

Advertência sobre a responsabilidade:

EMBORA SEJAM EVIDENTES AS VANTAGENS DE APRENDER O OTIMISMO – há alguns desejos.

Temporários? Circunscritos? Tudo bem. Quero que minhas depressões sejam curtas e limitadas. Quero me recuperar rapidamente. E se suas causas forem externas? Será justo culpar outras pessoas por seus reveses? Sem dúvida, queremos que as pessoas assumam as conseqüências das confusões que aprontam, que sejam responsáveis pelos seus atos. Certas doutrinas psicológicas, prejudicaram nossa sociedade ajudando a corroer a responsabilidade pessoal. O mal é rotulado erroneamente de insanidade; os maus modos são levados à conta de neuroses; pacientes “tratados com êxito”negligenciam suas obrigações para com suas famílias porque elas não lhes proporcionam realização pessoal. A questão é saber se a mudança de conceituação sobre as causas dos reveses, que deixariam de ser interiores para se exteriorizarem (“A culpa não é minha... é falta de sorte”), não é minha a responsabilidade.
Sou contra qualquer estratégia que contribua para erodir ainda mais a responsabilidade. Não acredito que as pessoas devam mudar radicalmente suas convicções, transformando seu sucesso mental interior em exterior, por atacado. Todavia, há uma condição em que isso não pode deixar de ser feito: a depressão. As pessoas deprimidas geralmente assumem muito a responsabilidade pelas adversidades do que lhes cabe.
Há um assunto mais profundo a ser considerado: por um motivo, antes de tudo, as pessoas devem assumir a responsabilidade por seus reveses. A resposta, quero crer, é porque queremos que as pessoas mudem, e sabemos que elas não o farão se não assumirem responsabilidade. Se quisermos que as pessoas mudem, a interiorização não é tão decisiva quanto a permanência. Se você acreditar que a causa de seu infortúnio – estupidez, falta de talento, feiúra – é permanente, não agirá para modificá-la. Não fará nada para se aperfeiçoar. Se quisermos que as pessoas sejam responsáveis pelos seus atos, então, sim, havemos de querer que elas tenham um estilo interior. E, o que
é mais importante: as pessoas precisam adotar um estilo temporário em relação aos reveses – precisam acreditar que, sejam quais forem as causas, elas podem ser modificadas.

E se Você For um Pessimista?

FAZ MUITA DIFERENÇA SE O SEU ESTILO É PESSIMISTA.

Se o seu escore no teste for fraco, há quatro áreas onde você encontrará ( e provavelmente já encontrou) problemas. Primeiro, você tem tendência a ficar deprimido com facilidade. Segundo, é possível que o seu rendimento no trabalho esteja aquém do seu talento. Terceiro, sua saúde física – e seu sistema imunológico – provavelmente deixam a desejar, e o quadro atual poderá piorar à medida que você envelhecer. Finalmente, a vida não é tão prazerosa quanto deveria ser.
O estilo explicativo pessimista é uma desgraça. Se o seu pessimismo situa-se num nível médio, ele não chegará a constituir problema em tempos normais. Mas nas crises, nos tempos difíceis que a vida reserva para nós, é quase certo que você pagará um preço indevido. Quando for vitima do revés, tudo indica que ele o deixará mais deprimido do que seria razoável. Como você reage normalmente quando suas ações caem, quando é rejeitado por
alguém que ama, quando não consegue o emprego que pleiteava? Você fica muito triste. Perde a alegria de viver. É impossível para você enfrentar qualquer tipo de desafio. O futuro lhe parece tenebroso. E você se sente assim durante muitos dias e até mesmo meses. Sem dúvida, você já se sentiu desta maneira muitas vezes; a maioria das pessoas reage desse modo. Entretanto, embora essas rasteiras possam ser um fato corriqueiro, isso não quer dizer que ele seja aceitável ou que a vida tenha de ser necessariamente assim. Se você usar um estilo explicativo diferente, estará mais bem aparelhado para enfrentar tempos difíceis e evitar que eles o levem à depressão. Mas isso está longe de esgotar as vantagens de um novo estilo explicativo. Se o seu grau de pessimismo for médio, você estará atravessando a vida num nível inferior ao que faz jus por força de seus talentos. Como você verá mesmo um grau médio de pessimismo compromete seu desempenho no colégio, no trabalho e nos esportes, o que também é verdade no que diz respeito à sua saúde física. O capítulo 10, do livro, ilustra como, ainda que você seja apenas discretamente pessimista, sua saúde pode não ser das melhores. É de se supor que sofrerá de doenças crônicas decorrentes ao envelhecimento prematuro e mais penoso do que o necessário. O seu sistema imunológico poderá não funcionar tão bem quanto deveria; você também poderá ser mais lenta. Se você recorrer às técnicas expostas no Capítulo 12, poderá elevar seu nível diário de otimismo. Reagirá às adversidades normais da vida muito mais positivamente e se recuperará dos reveses com muito mais rapidez do que antes. Realizará mais no trabalho, no colégio e nas praças de esporte. E, a longo prazo, até o seu corpo o servirá melhor.

Entenda tudo sobre otimismo lendo o livro de Martin Seligman: Aprenda a ser Otimista.

domingo, 18 de abril de 2010

Filme: O Aviador

Assistiram o filme: "O Aviador"? Ele fala de um homem de negócios, que encontra muitos problemas pela sua determinação, obstinação ou teimosia (?),
e que apresenta sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), desenvolvendo "fobia social", acaba se trancando num quarto e repetindo rituais...Em determinado momento, não consegue mais conviver, "socialmente". Alguém assistiu? Gostaria de discutir um pouco o filme. Achei bastante complexo, compreender, o que o levou às "crises". Qual hipótese de conceituação cognitiva para o caso.. etc... Acredito que podemos enriquecer com as diversas opiniões dos colegas , terapeutas cognitivos.
bjs a todos Adriana Roveroni -Psicóloga - Jaú 3621.8628 - aroveroni@hotmail.com

terça-feira, 13 de abril de 2010

Gagueira.










Como explicar que uma pessoa gagueja numa conversa em português, mas não gagueja ao falar em outro idioma?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A Miss Imperfeita ou a Miss Plenitude.

O pefeccionismo é um dos temas mais presentes em terapia e ao receber este texto extraído da Revista do Jornal O Globo, enviado por uma paciente, pensei que pode ser uma interessante reflexão para nós e nossos pacientes. Faça o seu comentário.

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias..

Cinco dias!

Tempo para uma massagem..

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um tr abalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.



Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

terça-feira, 6 de abril de 2010

Filme - As Horas

Amigos, assisti o filme indicado pelo Prof Arnaldo. Realmente mostra, em profundidade, a Depressão, a desesperança, e a falta de compreensão de quem está ao redor. Támbém , enfatiza muito bem, que cada pessoa "vê" e "sente" de uma maneira particular suas tristezas, perdas e dores. Mostra a história de 3 mulheres, em épocas diferentes e cada qual , lidando com suas tristezas de forma peculiar. Como o filme é baseado em um livro de Virginia Woolf, as histórias se fundem, confundem , mas ,claramente percebe-se a "construção" diferente que cada personagem faz de sua vida, de suas dores...
Abraços
Adriana Roveroni - Jaú
Rua Eduardo Hilst, 23 - fones 143621.8628 - 9709.8912http://adrianaroveronipsicologiajau.blogspot.com

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Caros amigos, (CONVITE PARA ACESSAREM)

Eu, que nunca tive orkut ou qualquer outra página da internet e só utilizava email e msn, fui parar em um blog... e Estou "engatinhando" ainda...

Tudo começou com o convite de um grupo de psicólogos que faço parte, TERAPEUTAS COGNITIVOS (tendo a frente, o competentíssimo Professor de Formação e Especialização em Terapia Cognitiva, Arnaldo Vicente, de Bauru, que vocês podem conhecer, melhor, através do meu blog.

Ingressei no blog de TERAPEUTAS COGNITIVOS , e agora, tenho o meu próprio blog , onde pretendo divulgar meus trabalhos (consultório, TVC canal 2 Jaú, Radio Energia FM, artigos, etc...)

COM IMENSO PRAZER, inicio divulgando o Lançamento da REVISTA ENERGIA (Radio Energia FM, 101,9 - Jaú), contendo matérias belíssimas, muito trabalho de toda equipe, e meu artigo sobre Comunicação (página 33).

Convido, com muito carinho, que acessem, SIGAM (criando ou para quem tem conta em um dos provedores indicados lá em SEGUIR..gmail é um deles), se se sentirem a vontade.

E que, claro, INDEPENDENTE DE SEGUIREM, deixem suas mensagens.

Ficarei muito feliz.
bjos
http://adrianaroveronipsicologiajau.blogspot.com

Notícias que nos aprimoram.


Pesquisas revelam bons resultados em depressão, pânico, vícios e outros males ERICA GOODE - The New York Times (foto: Beck e Judith)


FILADÉLFIA - O Instituto Beck de Terapia e Pesquisa Cognitivas está atraindo terapeutas de todo o mundo. A organização também já despertou a atenção da Associação Nacional de Saúde Mental, que recomenda a terapia cognitiva a pacientes como uma das poucas formas de tratamento estudadas em ensaios clínicos e em larga escala. Pode-se dizer que a terapia cognitiva é hoje o braço da psicologia que mais se expande nos Estados Unidos. O fundador dessa forma de psicoterapia é o doutor Aaron T. Beck, cuja máxima preferida é: "Há na superfície muito mais do que o notado pelos olhos."
Estudos - O doutor Aaron T. Beck constatou, em 40 anos de pesquisas e trabalho clínico, que muitas dificuldades psicológicas de seus pacientes não se encontram nas profundezas do inconsciente, mas em "problemas de raciocínio", muito mais próximos da percepção consciente. O fundador da psicoterapia cognitiva cita como exemplo o caso de uma mulher que fazia sessões de psicanálise com ele, na ocasião recém-formado pelo Instituto Filadélfia de Psicanálise. Sentado atrás da paciente, ele fazia anotações em seu caderno, enquanto ela falava sobre suas experiências sexuais com homens. "Como se sente falando disso?", perguntou-lhe Beck a certa altura. "Fico com ansiedade", respondeu a mulher.
Interpretação - Preparado para sondar os conflitos ocultos de sintomas psicológicos, o doutor Aaron T. Beck respondeu com uma interpretação. "Você fica com ansiedade porque está precisando enfrentar alguns de seus desejos sexuais", disse-lhe. "E está ansiosa por achar que desaprovo esses desejos." E ela respondeu. "Na verdade, dr. Beck, receio que o esteja aborrecendo." Mais tarde, o psicanalista descobriu que sua paciente se entregava permanentemente a um monólogo autodepreciativo, no qual uma voz interior constantemente dizia que ela não tinha atrativos, não era interessante e não valia nada. Os "pensamentos automáticos" mostrados pela paciente, conforme Beck os chama, levaram-na a agir de modo derrotista, a ter conduta promíscua por não achar que tivesse muito a oferecer, ou a ser teatral, na tentativa de parecer mais interessante aos homens com quem se relacionava. A terapia cognitiva, desenvolvida pelo psiquiatra depois que ele abandonou a psicanálise, pretende ajudar os pacientes a corrigir tais distorções do raciocínio, com freqüência numa dezena de sessões - ou menos.
Método - Beck diz que o método é "simples e prosaico", sem trazer à tona lembranças da infância que se perderam, sem o exame minucioso dos desmandos dos pais, sem a busca de significados ocultos. "Ele tem a ver com os problemas do bom-senso das pessoas", disse. Na terapia cognitiva, os pacientes são incentivados a testar a opinião que têm de si mesmos e dos outros, como se fossem cientistas testando hipóteses. Os pacientes recebem dos terapeutas tarefas para fazer em casa. Aprendem a identificar suas "crenças" imprecisas e a fixar metas para alterar sua conduta. É um pacote atraente. Numa época em que os planos de assistência médica acompanham atentamente a sala de consultas e a maioria dos psiquiatras considera os medicamentos - não a conversa - o tratamento ideal para seus pacientes, o método de Beck mostra sua força terapêutica.
Princípios - Os princípios básicos da terapia cognitiva estão facilmente resumidos em manuais de treinamento e sua simplicidade a torna um instrumento ideal de pesquisa. Dezenas de estudos realizados no mundo inteiro mostraram sua eficácia no tratamento da depressão, ataques de pânico, vícios, distúrbios alimentares e outros males psiquiátricos. Pesquisadores também estudam a capacidade de o método tratar distúrbios de personalidade e, em combinação com medicamentos, doenças psicóticas como a esquizofrenia. "Não preciso estar certo", diz, "mas não gosto de estar errado". O médico também afirma considerar-se um pragmático. "Se uma coisa não dá certo, eu não a faço." Ele incentiva uma filosofia semelhante em seus pacientes, esperando que eles acabem se livrando das atitudes derrotistas. Aconselha uma mulher de 30 anos que acredita que Deus a castigará se ela própria não o fizer. "Você pode descobrir, se parar de se castigar e nada acontecer."
Fonte: Jornal Estadão